O mundo no início do século 19 – Breve História – Departamento de História – Escritório do historiador
O mundo no início do século 19
Um raro conjunto de circunstâncias internacionais deu aos Estados Unidos o luxo de se concentrar na expansão doméstica durante a metade do século 19, porque o país não enfrentou ameaças externas sérias até a Guerra Civil (1861-1865).
Após a derrota de Napoleão em 1812, um equilíbrio de poder estável e complexo evoluiu na Europa. A manutenção desse delicado equilíbrio dissuadiu possíveis agressores de intervenção no Novo Mundo, porque qualquer nação tentada a interferir nos assuntos do Hemisfério Ocidental teria se encontrado em dificuldades consideráveis com seus vizinhos em casa. O resultado foi que os Estados Unidos desfrutaram de um longo período de tranquilidade – uma atmosfera muito diferente dos dias do início da república.
Os Estados Unidos estavam livres para praticar uma forma liberal de nacionalismo, que enfatizava uma vaga boa vontade para com outras nações, em vez da busca de uma política externa ativa. “Onde quer que o padrão de liberdade tenha sido ou deva ser desfraldado, lá estará seu coração, suas bênçãos e suas orações. Mas ela não vai para o exterior em busca de monstros para destruir”, escreveu John Quincy Adams em 1821. A república iria influenciar o mundo oferecendo um exemplo em vez de exercer a força. Esse sentimento governaria a política externa americana por quase 100 anos, até o início da Primeira Guerra Mundial.
Por exemplo, em resposta às revoluções liberais de 1848 na Europa, o presidente Millard Fillmore insistiu que os Estados Unidos deveriam conceder aos outros o que queriam para si : o direito de estabelecer “a forma de governo que considere mais propícia à felicidade e prosperidade de seus próprios cidadãos”. Tornou-se imperativo para os Estados Unidos não interferir no governo ou na política interna de outras nações. Embora os americanos possam “simpatizar com os desafortunados ou oprimidos em toda parte em sua luta pela liberdade, nossos princípios nos proíbem de participar de tais disputas estrangeiras”, explicou Fillmore.