Agricultores de guaraná prontos para colher frutos de uma variedade mais resistente e de maior rendimento
Chamado de Projeto de Expansão do Guaraná, o projeto reuniu fabricantes e fornecedores de alimentos, cientistas do instituto nacional de pesquisa agronômica Empraba, e cooperativas de agricultores.
O projeto teve início em 2016 com o objetivo de promover os agricultores a plantarem variedades de guaraná mais produtivas e resistentes a doenças.
A variedade, denominada BRS Maués, pode produzir cerca de 1,5 kg de sementes secas por ano, enquanto uma planta nativa de guaraná produz cerca de 300 g. A BRS Maués também começa a produzir sementes em torno de 18 meses após o plantio, ao invés de cinco anos para a variedade nativa.
O primeiro fruto desses guaranás produtivos e mais resistentes plantados no Projeto de Expansão do Guaraná deve-se a ser colhido este ano.
O programa envolveu quase 800 pequenos agricultores que agora têm uma fonte adicional de renda, enquanto o know-how técnico acumulado durante os dois anos de duração do projeto foi transferido para cooperativas de agricultores, disse o grupo comercial de refrigerantes ABIR.
Melhorando o cultivo na Amazônia
Projeto patrocinado pela fornecedora de sabores Sabores Vegetais do Brasil, fabricante de concentrado e extratos de guaraná, e pela fabricante de refrigerantes Bebidas Poty, cujo portfólio inclui uma bebida de guaraná também estava envolvida.
As sementes de guaraná contêm cerca de duas vezes mais cafeína do que o café e são um ingrediente popular em bebidas energéticas na América Latina.
O CEO da Poty, José Luiz Franzotti, disse o projeto foi uma das iniciativas mais importantes voltadas para a melhoria do cultivo do guaraná na Amazônia. “A meta é ter guaraná de melhor qualidade valorizando essa fruta característica do Brasil, com um sabor que faz sucesso mundial”, disse ele, no início do projeto.